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Acervo Mineral Resgatado
Após o incêndio do Museu Nacional, a maioria dos exemplares da coleção de minerais foi perdida. 6.500 itens foram resgatados de uma coleção de 7.500, mas infelizmente muitos em condições bastante alteradas. Dentro da Coleção de Mineralogia do Departamento de Geologia e Paleontologia estava depositada a coleção Werner, uma das mais importantes e emblemáticas. Inicialmente a Coleção Werner pertencia a Karl Eugen Pabst von Ohain (1718-1784), chefe da Academia de Minas de Freiberg (Alemanha) e foi organizada sistematicamente e descrita pelo geólogo alemão Abraham Gottlob Werner (que deu origem ao nome da coleção) entre os anos de 1791 e 1793. Ao final do século XVIII a coleção foi adquirida por Antonio de Araujo e Azevedo (1754-1817), o Conde da Barca, a mando da coroa portuguesa e trazida ao Brasil em 1808, a bordo da Nau Medusa junto com a vinda da Família Real.
Seu primeiro destino foi o Arsenal de Guerra, na antiga Real Academia Militar (fundada em 1811), uma das primeiras instituições de ensino superior não religiosa no Brasil. Entre 1810 e 1823 a coleção ficou a cargo de outro ilustre geólogo alemão, o Barão Wilhelm Ludwig von Eschwege (1777-1855), um ex-aluno de Abraham Gottlob Werner. Com a fundação do Museu Real em 1818, a coleção foi transferida para o prédio situado no Campo de Sant’Anna onde ficou até 1892, quando todo o acervo foi transportado para o palácio da Quinta da Boa Vista, atual prédio do Museu Nacional, tornando-se uma das primeiras coleções a compor o acervo do Museu recém criado. Infelizmente durante o incêndio que acometeu o Museu Nacional em setembro de 2018, a grande maioria das peças foi intensamente alterada, tanto física quanto quimicamente, e poucos exemplares resistiram à ação intensa do fogo. Hoje a parte da coleção que pôde ser recuperada dos escombros está sendo classificada e identificada pelos curadores, técnicos e estagiários do Museu Nacional com o objetivo de resgatar, ao menos em parte, sua importância histórica.
depois do incêndio
depois do incêndio
antes do incêndio
Mg3Si4O10(OH)2
talco
Número de tombo:MN 2060-M
Dimensões:8 x 9 x 5 (cm)
Aquisição:Coleção Werner
Procedência:Saint Gothard, Suíça
Grande parte dos minerais que passaram pelo incêndio do Museu Nacional sofreram alterações como quebras, mudança na coloração e forma, mas nem todos. Este talco da Coleção Werner estava em exposição e foi resgatado sem modificações visíveis.
depois do incêndio
depois do incêndio
antes do incêndio
Fe3+O(OH)
goethita
Número de tombo:MN 0265-M
Dimensões:14 x 9 x 11 (cm)
Aquisição:Coleção Werner
Procedência:Saxônia, Alemanha
A amostra de goethita pertencente à coleção apresentava um hábito denominado de botrioidal ou globular, brilho vítreo intenso e cor negra. Por se tratar de um hidróxido de ferro, devido ao incêndio essa amostra perdeu a hidroxila (OH) se transformando em um óxido de ferro chamado de hematita, de cor vermelha amarronzada.
depois do incêndio
depois do incêndio
antes do incêndio
SiO2
CALCEDÔNIA
Número de tombo:MN 0083-M
Dimensões:12 x 9 x 7 (cm)
Aquisição:Academia de Estocolmo
Procedência:Islândia
O mineral calcedônia é uma variedade criptocristalina do quartzo. As amostras de calcedônia que passaram pelo incêndio perderam sua cor original e tornaram-se brancas e opacas, algumas delas também foram impregnadas por fuligem, como neste exemplar.
depois do incêndio
depois do incêndio
antes do incêndio
SiO2
quartzo
Número de tombo:MN 0271-M
Dimensões:9 x 8 x 14 (cm)
Procedência:Diamantina, Minas Gerais
Esta era uma amostra de quartzo fumê, uma variedade do mineral quartzo conhecida pela sua coloração marrom que é dada por átomos de alumínio dentro da sua estrutura. Após o incêndio a amostra ficou incolor, pois acima de 200 – 300 ºC de temperatura este mineral perde sua cor.
depois do incêndio
depois do incêndio
antes do incêndio
CaF2
fluorita
Número de tombo:MN 0172-M
Dimensões:5,5 x 1,5 x 5,5 (cm)
Procedência:Derbyshire - Inglaterra
A fluorita é considerada o mineral mais colorido do mundo pois pode ocorrer em variadas cores, incluindo o branco e o preto. A causa da cor pode ser a presença de impurezas ou defeitos cristalinos. A fluorita da coleção apresentava tons de roxo e marrom devido à presença elétrons fora de sua posição original e que foram removidos devido ao aquecimento durante o incêndio, deixando a amostra incolor.

Acervo Mineral Resgatado

Após o incêndio do Museu Nacional, a maioria dos exemplares da coleção de minerais foi perdida. 6.500 itens foram resgatados de uma coleção de 7.500, mas infelizmente muitos em condições bastante alteradas. Dentro da Coleção de Mineralogia do Departamento de Geologia e Paleontologia estava depositada a coleção Werner, uma das mais importantes e emblemáticas. Inicialmente a Coleção Werner pertencia a Karl Eugen Pabst von Ohain (1718-1784), chefe da Academia de Minas de Freiberg (Alemanha) e foi organizada sistematicamente e descrita pelo geólogo alemão Abraham Gottlob Werner (que deu origem ao nome da coleção) entre os anos de 1791 e 1793. Ao final do século XVIII a coleção foi adquirida por Antonio de Araujo e Azevedo (1754-1817), o Conde da Barca, a mando da coroa portuguesa e trazida ao Brasil em 1808, a bordo da Nau Medusa junto com a vinda da Família Real.

Seu primeiro destino foi o Arsenal de Guerra, na antiga Real Academia Militar (fundada em 1811), uma das primeiras instituições de ensino superior não religiosa no Brasil. Entre 1810 e 1823 a coleção ficou a cargo de outro ilustre geólogo alemão, o Barão Wilhelm Ludwig von Eschwege (1777-1855), um ex-aluno de Abraham Gottlob Werner. Com a fundação do Museu Real em 1818, a coleção foi transferida para o prédio situado no Campo de Sant’Anna onde ficou até 1892, quando todo o acervo foi transportado para o palácio da Quinta da Boa Vista, atual prédio do Museu Nacional, tornando-se uma das primeiras coleções a compor o acervo do Museu recém criado. Infelizmente durante o incêndio que acometeu o Museu Nacional em setembro de 2018, a grande maioria das peças foi intensamente alterada, tanto física quanto quimicamente, e poucos exemplares resistiram à ação intensa do fogo. Hoje a parte da coleção que pôde ser recuperada dos escombros está sendo classificada e identificada pelos curadores, técnicos e estagiários do Museu Nacional com o objetivo de resgatar, ao menos em parte, sua importância histórica.

Mg3Si4O10(OH)2

talco

Número de tombo:MN 2060-M

Dimensões:8 x 9 x 5 (cm)

Aquisição:Coleção Werner

Procedência:Saint Gothard, Suíça

Grande parte dos minerais que passaram pelo incêndio do Museu Nacional sofreram alterações como quebras, mudança na coloração e forma, mas nem todos. Este talco da Coleção Werner estava em exposição e foi resgatado sem modificações visíveis.

Fe3+O(OH)

goethita

Número de tombo:MN 0265-M

Dimensões:14 x 9 x 11 (cm)

Aquisição:Coleção Werner

Procedência:Saxônia, Alemanha

A amostra de goethita pertencente à coleção apresentava um hábito denominado de botrioidal ou globular, brilho vítreo intenso e cor negra. Por se tratar de um hidróxido de ferro, devido ao incêndio essa amostra perdeu a hidroxila (OH) se transformando em um óxido de ferro chamado de hematita, de cor vermelha amarronzada.

SiO2

CALCEDÔNIA

Número de tombo:MN 0083-M

Dimensões:12 x 9 x 7 (cm)

Aquisição:Academia de Estocolmo

Procedência:Islândia

O mineral calcedônia é uma variedade criptocristalina do quartzo. As amostras de calcedônia que passaram pelo incêndio perderam sua cor original e tornaram-se brancas e opacas, algumas delas também foram impregnadas por fuligem, como neste exemplar.

SiO2

quartzo

Número de tombo:MN 0271-M

Dimensões:9 x 8 x 14 (cm)

Procedência:Diamantina, Minas Gerais

Esta era uma amostra de quartzo fumê, uma variedade do mineral quartzo conhecida pela sua coloração marrom que é dada por átomos de alumínio dentro da sua estrutura. Após o incêndio a amostra ficou incolor, pois acima de 200 – 300 ºC de temperatura este mineral perde sua cor.

CaF2

fluorita

Número de tombo:MN 0172-M

Dimensões:5,5 x 1,5 x 5,5 (cm)

Procedência:Derbyshire - Inglaterra

A fluorita é considerada o mineral mais colorido do mundo pois pode ocorrer em variadas cores, incluindo o branco e o preto. A causa da cor pode ser a presença de impurezas ou defeitos cristalinos. A fluorita da coleção apresentava tons de roxo e marrom devido à presença elétrons fora de sua posição original e que foram removidos devido ao aquecimento durante o incêndio, deixando a amostra incolor.